
Ao longo das últimas décadas, a luta das mulheres por sua participação e melhores condições no mercado de trabalho público e/ou privado, assim como na política, tem garantido um maior protagonismo feminino. Nesse sentido, o ano de 2022 apresentou um marco importante para o Piauí, com a posse da primeira governadora do Estado, em abril do corrente ano. Apesar dos avanços conquistados, muitos aspectos evidenciam a importância de acompanhar as desigualdades entre homens e mulheres, as quais foram usualmente naturalizadas por diversas sociedades. Estudos específicos produzidos e publicados pela Superintendência CEPRO, como “Participação das mulheres piauienses nos espaços sócio-ocupacionais” demonstram essa evolução. Desse modo, este boletim continua os esforços iniciados em sua primeira versão, em 2021, e atualiza indicadores e considerações sobre este tema, apontando aspectos relacionados à participação política, mercado de trabalho, educação, saúde e violência.
Os dados em referência foram extraídos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP); Data Sus; IBGE, a partir da PNAD Contínua e Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Também foram considerados o Conjunto Mínimo de Indicadores de Gênero – CMIG, propostos pelo IBGE, a partir da participação do Brasil no Grupo Interinstitucional de Peritos em Estatísticas de Gênero (Inter-Agency and Expert Group on Gender Statistics – IAEG-GS), coordenado pela Divisão de Estatística das Nações Unidas (United Nations Statistical Division–UNSD).Análises sobre essa temática são de suma importância, conforme estabelecido pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, referente ao alcance da igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas. Cabe frisar que a proposta deste trabalho é apresentar os indicadores de gênero mais recentes a nível estadual.